Sherwin-Williams + Suvinil:preços sobem ou caem?
Sherwin-Williams + Suvinil: preços sobem ou caem? O impacto da fusão no setor de compras e suprimentos
A recente aquisição da Suvinil pela Sherwin-Williams, em um negócio avaliado em US$ 1,15 bilhão, não apenas altera o cenário da indústria de tintas na América Latina, mas também levanta uma questão essencial para gerentes, analistas, especialistas e diretores de compras e suprimentos: afinal, essa fusão resultará em um aumento nos preços ou criará oportunidades para economias e melhores negociações?
Para responder a essa pergunta, é fundamental analisar os impactos dessa movimentação e entender o que pode mudar nas estratégias de negociação, abastecimento e contratos dentro do setor.
O que essa fusão significa para o setor de tintas?
A Sherwin-Williams já se destaca como uma das maiores empresas do setor de tintas no mundo. Agora, ao adquirir a Suvinil, que pertencia à Basf, a empresa fortalece ainda mais sua liderança no Brasil e na América Latina. Como resultado, essa aquisição consolida sua participação no mercado, reduzindo a concorrência direta e fortalecendo sua cadeia de suprimentos.
Diante desse novo cenário, surgem dois caminhos possíveis:
1️⃣ Os preços podem aumentar, pois a redução da concorrência pode dar mais liberdade à nova gigante para estabelecer valores conforme sua estratégia.
2️⃣ Os custos podem diminuir, uma vez que a fusão pode gerar ganhos de escala, maior eficiência logística e poder de barganha com fornecedores.
Contudo, para entender qual dessas tendências prevalecerá no médio e longo prazo, é preciso analisar diferentes fatores que influenciam os preços.
Os preços vão subir? Pressão no mercado e impactos na negociação
Muitas vezes, quando ocorre uma fusão desse porte, o principal receio dos compradores e especialistas em suprimentos é justamente um possível aumento de preços. Isso acontece porque, com menos concorrência, as empresas ganham maior controle sobre o mercado, podendo reajustar valores sem sofrer tanta pressão competitiva.
Com isso em mente, é importante considerar alguns fatores que podem contribuir para o aumento dos preços:
- Maior poder de precificação: Agora que a Suvinil não será mais uma concorrente direta da Sherwin-Williams, a nova empresa terá mais liberdade para definir os preços dos produtos de forma estratégica.
- Dependência de um único fornecedor: Para empresas que costumavam comprar de ambas as marcas, essa fusão pode reduzir as opções de negociação, resultando em contratos menos flexíveis e com menos alternativas.
- Possível repasse de custos: Se a nova gigante decidir investir em novas tecnologias, otimizações ou mudanças operacionais, parte desses custos pode ser repassada ao consumidor final, impactando diretamente os preços.
Além disso, analisando fusões anteriores em outros setores, observa-se que, na maioria dos casos, os preços tendem a subir no curto prazo. Isso acontece porque o mercado passa por um período de ajustes e adaptação à nova realidade competitiva.
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Os preços podem cair? Eficiência e economia de escala
Por outro lado, é importante destacar que nem sempre fusões levam a aumentos de preços. Em alguns casos, os ganhos de escala e a eficiência operacional podem resultar em reduções de custos para compradores e especialistas em suprimentos.
Entre os fatores que podem contribuir para uma possível redução de preços, destacam-se:
- Ganhos de escala: Com um volume maior de produção e distribuição, a Sherwin-Williams pode otimizar seus processos e negociar condições mais vantajosas com fornecedores de matérias-primas, o que pode resultar em custos menores.
- Eficiência logística: A integração das operações pode levar a melhorias significativas no transporte, armazenamento e distribuição, reduzindo despesas operacionais e, consequentemente, permitindo melhores preços.
- Condições de compra diferenciadas: Empresas que firmarem contratos estratégicos com a nova gigante das tintas poderão ter acesso a descontos exclusivos e condições mais favoráveis nas negociações.
Além disso, se a Sherwin-Williams optar por uma estratégia agressiva para consolidar sua posição no mercado, é possível que reduza os preços temporariamente para atrair mais clientes, fortalecendo sua base comercial.
O que muda na estratégia de compras e suprimentos?
Diante desse novo cenário, os profissionais de compras e suprimentos precisam repensar suas estratégias para garantir que suas empresas não sejam impactadas negativamente. Para isso, algumas ações são essenciais:
🔍 Reavaliar contratos: Empresas que tinham acordos com ambas as marcas devem revisar suas condições contratuais e renegociar para evitar aumentos inesperados.
🤝 Diversificar fornecedores: Para não depender exclusivamente da Sherwin-Williams, é recomendável buscar alternativas no mercado, garantindo maior flexibilidade e poder de negociação.
📊 Monitorar tendências de preços: É fundamental acompanhar as movimentações do mercado e as mudanças nos valores das tintas para tomar decisões estratégicas e evitar prejuízos.
💡 Explorar oportunidades com novos players: Em cenários como esse, novos fornecedores e marcas podem surgir, trazendo inovação e preços competitivos. Ficar atento a essas oportunidades pode ser um diferencial estratégico.
Conclusão: o que esperar da fusão Sherwin-Williams + Suvinil?
No curto prazo, a fusão pode trazer aumento nos preços, principalmente devido à concentração de mercado e ao processo de ajuste interno da nova gigante. Entretanto, no longo prazo, os ganhos de escala e a eficiência operacional podem gerar condições mais favoráveis para os compradores e especialistas em suprimentos.
Diante disso, para os profissionais da área, o momento exige atenção redobrada, análise de mercado e adaptação às novas dinâmicas da indústria. Dessa forma, garantir boas negociações e evitar dependência excessiva de um único fornecedor pode ser a chave para minimizar impactos negativos e aproveitar eventuais oportunidades.
Fontes sobre a fusão Sherwin-Williams + Suvinil:
🔗 Notícia oficial sobre a aquisição no Valor Econômico
🔗 Sherwin-Williams: site oficial com detalhes da empresa
Agora, queremos saber a sua opinião! Essa fusão será positiva ou negativa para o setor de compras e suprimentos? Deixe seu comentário abaixo! 👇